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domingo, 26 de agosto de 2012

Desabafo


As quartas-feiras, dia em que realizamos a nossa mediúnica, fico pensativa ao me deparar com casos dolorosos, cuja ignorância sobre nós mesmos é capaz de fazer.

Quantas vidas despedaçadas, quanto tempo perdido, quanto medo reprimido, quanto desejo de amar e ser amado sufocado, porque não temos a coragem de reconhecer que precisamos de alguém.

Há aqueles que vivem sem saber o porquê, vagando no espaço e se prendendo a qualquer coisa que tenha o mínimo significado em suas existência, uma roupa, o dinheiro, um lugar, uma pessoa, um cheiro.

Há aqueles que tocados pelo sofrimento de um amor não correspondido ou de uma confiança maculada se arvoram no desespero.

Há aqueles que se fingem de surdo e não ouvem a voz da razão que suas consciência lhes grita. Há
os preguiçosos, os presunçosos, e na sua maioria há - os que são egoístas.

Tanta dor desnecessária, sim, desnecessária porque se ao menos tivessemos a coragem de largar, se ao menos tivessemos a coragem de nos escutar,veríamos que damos todas as desculpas para não fazer o que deve ser feito.

O marido não deixa; a esposa não compreende, o trabalho nos exige, as vicissitude da vida que nos atropelam. Nos atropelam....? Será? Ou será porque nossos corações estão em todos os lugares menos no lugar que deveria está; em nós mesmo e na constatação indelével e real de que não precisamos de nada do que aparentemente queremos.
 
Tudo é ilusão. Ilusão da falsa estabilidade financeira, do teto sólido sobre nossas cabeças, familiar, mental. Estamos que nem loucos.

Será o desabafo de um pessimista? Não, é o desabafo de quem busca as respostas.

Porquê?

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